06 May 2019 15:03
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<h1>A História Que Deu Origem Ao Mito Da Ligação Entre Vacinas E Autismo</h1>
<p>O dia 26 de fevereiro de 1998 marcou o começo de uma desconfiança internacional sobre o assunto vacinas que reverbera até hoje, quase 20 anos depois. Foi naquele dia, em Londres, que o médico Andrew Wakefield apresentou uma pesquisa preliminar, publicada na conceituada revista "Lancet", dizendo doze gurias que criaram comportamentos autistas e inflamação intestinal delicado.</p>
<p>Em comum, dizia o estudo, as criancinhas tinham vestígios do vírus do sarampo no organismo. Wakefield e seus colegas de estudo levantaram a probabilidade de um "vínculo causal" desses dificuldades com a vacina MMR, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba e que havia sido aplicada em onze das crianças estudadas. Wakefield reconhecia que se tratava apenas de uma circunstância de que as vacinas poderiam causar dificuldades gastrointestinais, os quais levariam a uma inflamação no cérebro -e talvez ao autismo.</p>
<p>Foi o suficiente, todavia, pra que índices de vacinação de MMR começassem a despencar no Reino Unido e, mais tarde, em volta do universo. Essa história está sendo resgatada por um livro recém-lançado no Brasil, "Outra Sintonia", em que os autores John Donvan e Caren Zucker narram a história do autismo na sociedade.</p>
<p>O livro dedica um capítulo inteiro à polêmica em redor das vacinas -num momento em que, no Brasil e no mundo, debates sobre isto vacinação continuam fortes. Na Europa, uma epidemia de sarampo resultante da queda da imunização teve no mínimo 500 infectados no primeiro trimestre nesse ano e deixou as autoridades em alerta.</p>
<p>Em resposta, países como Itália e Alemanha passaram a falar punições para quem deixe de vacinar seus filhos. No Brasil, alguns pais se reúnem em grupos de Facebook e WhatsApp para argumentar seus temores em ligação às imunizações. As preocupações vão de efeitos colaterais das injeções à segurança Concursos/I GP Wikimedia Brasil ; de possíveis proveitos à indústria farmacêutica ao horror de que as vacinas múltiplas exponham os rapazes a uma carga excessiva de substâncias. De volta ao livro, nos anos seguintes ao estudo de Wakefield, a polêmica chegou aos EUA.</p>
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<p>Lá o vínculo com o autismo não foi feito com a MMR, no entanto sim com o timerosal, componente antibactericida que está presente em novas vacinas. Foram necessários muitos anos de debate pra que ambas as teorias fossem desmontadas e pra que o elo entre autismo e vacinas fosse rejeitado pela comunidade científica. Brasil Se Classifica Para Saltos Ornamentais Nas Olimpíadas Da Juventude , o Instituto de Medicina dos Estados unidos concluiu que não havia provas de que o autismo tivesse relação com o timerosal. Como Conseguir Bolsa De Estudo Pra Graduação E Pós No Brasil? em seu livro. No entanto as acusações foram muito além disso: no estudo original, Wakefield dizia existir vestígios do vírus do sarampo nas 12 moças pesquisadas.</p>
<p>No entanto, um médico que o auxiliou no trabalho veio a público expressar que, na verdade, não havia achado o vírus em nenhuma delas -e que Wakefield ignorou essa dado pra não prejudicar o estudo. Diferenças Entre MBA E Especialização , o Conselho Geral de Medicina do Reino Unido julgou Wakefield "inapto para o exercício da profissão", qualificando teu comportamento como "irresponsável", "antiético" e "enganoso". E a "Lancet" se retratou do estudo publicado uma década antes, compartilhando que suas conclusões eram "inteiramente falsas". Por fim, a entidade americana Autism Speaks, dedicada a estudos e debates sobre o autismo, decidiu se posicionar em prol da vacinação.</p>